Deus
tem planos para nós que nem sempre (quase nunca) são os planos que traçamos
para nós mesmos. Após um tempo tentando engravidar, sem sucesso, decidimos
entrar para o banco nacional de adoção. Nosso pedido de adotar duas irmãzinhas foi
negado, entretanto, vários anos depois, hoje somos pais de dois irmãozinhos,
João e Davi.
Tenho
para mim que a maternidade é um caminho de Deus para o cuidado das pessoas, o
cuidado do seu povo. Quando a maternidade é bem vivida, os filhos tem uma
representação viva do amor e da hospitalidade de Deus. Amamos porque Ele nos
amou primeiro, acolhemos porque fomos acolhidas.
A
maternidade é um caminho de benção pessoal e comunitária, é uma continuação, uma
herança, um vislumbre da família e da igreja de amanhã contagiando e povoando a
terra. Portanto no cerne da experiência materna está o desafio e o chamado ao
discipulado, e o que as mães poderiam ter de melhor para oferecer aos seus filhos?
Não consigo pensar em nada senão uma vida espiritual sadia e sabedoria
para dar bons conselhos na hora certa. Em longo prazo me parece uma combinação belíssima.
Acontece que podemos rechear essas virtudes com poesias e delicadezas, e preencher o tempo com
mesas postas, receitas tradicionais, historias, viagens, plantas, bichos e tudo mais. Conheço
uma mãe que passava roupas orando por cada membro de sua família de acordo com
a peça que estava sobre a tábua. Há formas e formas de se encarar a missão.
Hoje,
nessa primeira infância, deliciosa e cotidiana, ofereço aos meus pequenos
simplesmente a minha companhia e colo de mãe, sinto que já é um bom começo.