17 janeiro 2007

ainda

O tempo parece sempre ser pouco debaixo do sol.
O muito parece sempre ser nada diante do tempo.

Passei o ano novo sentindo muito medo e muita vergonha.
Muito das minhas reflexões ainda abrangem a morte do Lelê.
Será até quando essa morte me vai acompanhar?
O tema não esgota a tristeza, a tristeza não esgota o tema.
Os olhos não se fartam de produzir lagrimas.

As sombras das memórias são infindas.

A cada dia descubro um novo cômodo empoeirado de significâncias.
Os objetos precisam ser lançados fora, reconheço,
duro é olhar para eles afirmar, você é lixo de agora em diante.

JÔNJÔN: você com toda essa tragédia... se sente, mais viva ou mais morta?
Liz: mais viva... e mais morta.
JÔNJÔN: entao continuas igual só que mais!