É uma caminhada, já se passaram mais de trinta anos.
Amadureci, encontrei novas respostas para velhas questões. Mas esse não é o
ponto. O ponto é que o barro sempre será barro. Eu sempre serei humana e os
pensamentos vagueiam feito uns vagalumes. Acendem, entendi! Apagam, cadê? É uma
verdadeira irregularidade.
Meu amor por quebra-cabeças cresce ao perceber-me peça e
também conjunto. Pedaço e também inteira. Complicada e também simples como um
encaixe. Quero me conhecer ainda melhor. Quero ser
mais transparente com você. Boa tarde, qual é o seu verdadeiro nome?
A valentia de uma flor silvestre me desafia. Sua delicadeza e seu encobrimento, mistérios de um criador empolgado em fazer florescer as
belezas mais sublimes em terrenos inóspitos, encostas sem observantes. Identifico-me
com meu próprio nome e com tantos outros nomes. Sou mesmo Liz. Sou
também pedra, barro e sabiá. Uma flor de campo que num dia floresce e noutro
murcha como a relva. Sou também nuvem, barco e alfinete. Um ponto fixo no espaço
imenso e no tempo escolhido para eu viver, nas matas dos dias chamados “hoje”.
Um comentário:
Sim, vc é uma flor. Uma flor do campo que nasceu num belo jardim. Uma menina doce e elétrica, perguntadeira, obediente e gentil. Curiosa como poucas e muito feliz. Tenho ótimas lembranças da sua primeira infância! Bj grande.
Postar um comentário