14 abril 2006

lucidez

o céu se dissipa calmamente em meio às confusões mentais
acabo de perceber a minha mania de interpretações

fixei os meus olhares nas suas afirmativas
sem deixar que você se assustasse comigo
falei um monte de coisas desconexas
assim a duvida pairava ao seu lado
e a ambigüidade fluía perceptivelmente de mim
AH!
essa falta de qualquer coisa me faz perder o foco

muitas vezes eu queria não ser tão desentendida
eu não deveria agir com tanta ingenuidade
não condiz com a minha cara
sou uma estranha mesmo

meus olhos castanhos acompanhavam sua voz tremula
minha pele parda expunha um olhar tímido
desnudo e verdadeiramente triste
sua timidez me constrangeu a ouvir em quietude
seus silêncios fizeram minhas pernas se sentirem fracas

de alguma forma eu sempre sou assim:
um pouco fraca e um pouco confusa

onde estão os preceitos que eu outrora aprendi?
por que não se encontram tão evidentes?

.

se chorei? mas, pelo menos fui sincera.

4 comentários:

Pedro Paulo Valente disse...

caracas, o título é o oposto do que eu sinto quando acabo de ler esse poema... sinto-me perplexo e confuso... heheheh, mas ficou muito bem trabalhado. E que foto... muito loko

Anônimo disse...

Eu queria entender este poema melhor. Esta foto é aquela lá no Gerais? bjos.

Anônimo disse...

Credo... como vc consegue?? O engraçado de ler seu blog é que muitas das coisas aqui me soam muito conhecidas... semelhantes...
Palavras fortes e honestas...
Distantes e próximas, bem próximas...
Muito bom!!!

Anônimo disse...

sinceridade...
ush ush
ushhh