28 setembro 2019
19 janeiro 2019
Lá vamos nós
Entre o certo e incerto seguimos.
Entre o passado e o futuro,
Entre a rua e o muro
Entre o fácil e o duro.
Por florestas de pensamentos, ideias e mais ideias, por rios
de prazer e dor. Águas cristalinas e fundas, seguras e misteriosas. Entre a
superfície e o mergulho, seguimos. As respostas se desvendam nas tentativas
sucessivas, na graça recebida, na prece, no ombro amigo, no texto antigo.
Entre eu e você, seguimos.
Entre a bagunça e o arrumado,
Entre o dia bom e o estragado,
Entre o cedo e o atrasado.
Por dentro e por fora, por nuvens e brisas há tanto que
sentir e ser. Por tantas trilhas sonoras e conversas noite a fora, vamos! Pela fé e pela incredulidade, pelo paraíso e
pela realidade, vamos! Pela vida adentro pelos corações pulsando, nada importa
mais do que seguir frente aos desafios. Nada se compara com o que ainda está
por vir, vamos! Vamos! Nós e as bagagens, vamos com tudo! Vamos de peito
aberto! Nós e os nossos anseios, os meninos, os seus travesseiros, e a Maria,
não a deixe cair, só não deixe cair! Não
deixe cair os sonhos, não perca nem uma só página de alento.
Vamos seguir
atentos.
Entre o claro e o escuro.
Entre o perigoso e o seguro.
Entre o verde e
o maduro.
Temos tanto o que experimentar e descobrir, seja aqui, seja
ali, isso não importa tanto quanto o compromisso que temos de seguirmos juntos.
Em frente pela busca do amanhã, do sol que nascerá adiante, da vida se
desabrochando em flores, matagais e espinheiros. Em frente! Pelo encontro de
minas escondidas, e da bebida que mata a sede interior! Em frente! Pelo vento
que sopra sorrateiro, pelo recomeço inesperado, pelo tempo de juntar e pelo
tempo de espalhar, pelas chegadas e despedidas. "O trilho se estende, não
vemos seu fim, nem as voltas que possam vir"... Uma pipa amarela voando, e
nós? Vamos seguindo no nosso compasso, no ritmo e na força das pernas pedalando
juntas. Um João-de-barro faz seu ninho aqui em casa e continuamos. Um sabiá dá
o tom no por do sol e seguimos um pouco mais. A andorinha chama o verão na
alvorada, sorrimos, e avante! Os passarinhos são passageiros, também as plantas
e todo cenário se compõe. Eu quero viver mais, quero viver bem e simplesmente.
Respiro fundo, alguns segundos passam enquanto passo as roupas e as deito na
cama. Entre agora e daqui a pouco tudo estará terminado por hoje, amanhã guarda
seus próprios mistérios.
13 janeiro 2019
"Vai parar?"
Eu sei que a maternidade não é para todas, seja por
circunstâncias ou por decisão, nem todas as mulheres serão mães. Houve um tempo
em que eu achava que não seria pra mim, mas fico feliz que ela me encontrou.
Fico feliz de ver um amor novo desabrochar a cada chegada de uma nova pessoa.
Na véspera do nascimento do nosso primeiro filho perguntei
apreensiva para a minha mãe "e o leite?", ela disse calmamente, “quando
ele nascer, virá”. "Mas, mãe, e o amor?".
A verdade é que eu não sabia se eu seria capaz de amar
naturalmente alguém que eu nem conhecia, que não sabia falar. Quando eu me
apaixonei pelo Pedro era, em muitos sentidos, um amor pelas suas ideias nosso
namoro foi regado de conversas e textos. Como amar um neném?
Agora na terceira, estamos mais maduros, os meninos já são companhia um pro e consigo focar nas necessidades da Maria sem sentir que estou negligente, pois eles estão felizes. Não vou dizer que está tudo em ordem, seria exagero, mas está tudo em paz cada um tranquilamente procurando seu papel nessa nova realidade. Todo mundo me pergunta "vai parar?", Sempre digo que não sei. Mas a verdade é que já não consigo imaginar a vida sem Maria. É tão maravilhoso tê-la que a pergunta mais pertinente seria "como vai conseguir parar?". O amor, ah! O amor só multiplica!
Agora na terceira, estamos mais maduros, os meninos já são companhia um pro e consigo focar nas necessidades da Maria sem sentir que estou negligente, pois eles estão felizes. Não vou dizer que está tudo em ordem, seria exagero, mas está tudo em paz cada um tranquilamente procurando seu papel nessa nova realidade. Todo mundo me pergunta "vai parar?", Sempre digo que não sei. Mas a verdade é que já não consigo imaginar a vida sem Maria. É tão maravilhoso tê-la que a pergunta mais pertinente seria "como vai conseguir parar?". O amor, ah! O amor só multiplica!
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