10 novembro 2006

retrato do que estou sentindo

o sofrimento estava próximo da gente,
mas éramos alheios a ele,
até que ele morre

como um finco
não consigo fugir das memórias
das conversas, das queixas
dos choros, das histórias
“os lutos, não podem ser esquecidos por ninguém”

o choro volta como um vulto dentro de mim
e se expõe

agora o sofrimento está em nós
sofremos
a morte é amarga para os que ficam
ainda mais porque ele era amigo presente

as ultimas palavras do Lelê pra mim:
“que bom que você veio aqui, Deus te abençoe no teatro”
dei-lhe um beijo na testa
naquele quarto daquele hospital

3 comentários:

Fábio Gomide Nolasco disse...

=)

Anônimo disse...

"de todos os lados somos pressionados, mas não desanimados, ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos." 2 Coríntios 4:8-9

Fica firme Liz, Lelê foi abatido, mas não destruído...

abração

Renato Luiz disse...

Tudo passa...
Só o que é de Deus permanece...
Sofrimento de hoje para crescimento da sabedoria que beneficiará muitos amanhã...
O compreendo a sua dor...
Hoje é tempo de sentí-la, mas já está próximo o tempo de transformá-la!
Fica na Paz!