12 fevereiro 2007

reencontro

respiro o cheiro de tinta e mãos sujas
percebo a proximidade do aprender e da vagabundagem
os perigos me amedrontam

retiro o sabor de lira e frases curtas
concebo a autenticidade do querer e da cabotinagem
os falsetes me desencantam

da relutância e da melancolia eis um discurso pausado
quando quero rasgar a tinta em água e papel
de quando em quando até quando?
duvido das minhas próprias histórias

algum refúgio tem que ser seguro!
onde depositarei tamanha consternação?

conspiro o olfato de lírios e águas turvas
recebo a ansiedade do decorrer e da responsabilidade
os poemas me reencontram

2 comentários:

Alberto Vieira disse...

oi LIZ!!

Muito legal estas fotos!!!

abraços

Pedro Paulo Valente disse...

Caracas, gostei dessa percepção... eheheh, o limite entre aprendizado e vagabundagem. Muito bom!