Não tenho olhos azuis
Castanhos
Não tenho pele parda
Clara
Não tenho medo de agir
Graça
Não tenho medo de ser franca
Dura
Não sou tão natural quanto pareço
Me escondo
Não tenho muitas feições
Assim
Não posso te mostrar tudo
Agora
Não posso te ver de manha
De tarde.
Olhe com amor
Olhe com carinho
Olhe sem demora
De noite eu vou-me embora.
29 fevereiro 2008
28 fevereiro 2008
A fortaleza da solidão
Uma espécie de esconderijo,
Um grito silencioso,
Só e intransponível.
Eu penso,
Eu sinto,
Eu movo as minhas mãos.
Solto lágrimas,
Peço socorro,
Eu curvo as minhas costas.
Impressiona-me a distância erguida.
Entristeço-me com as tentativas vãs.
Frustrações desperdiçadas,
Exposta,
Pedaços de mim do outro lado da muralha.
Escolho a gratidão,
Mas continuo só.
Caminho só.
Percorro só essa paisagem interna.
Um grito silencioso,
Só e intransponível.
Eu penso,
Eu sinto,
Eu movo as minhas mãos.
Solto lágrimas,
Peço socorro,
Eu curvo as minhas costas.
Impressiona-me a distância erguida.
Entristeço-me com as tentativas vãs.
Frustrações desperdiçadas,
Exposta,
Pedaços de mim do outro lado da muralha.
Escolho a gratidão,
Mas continuo só.
Caminho só.
Percorro só essa paisagem interna.
21 fevereiro 2008
vou-me
Vou-me à São Paulo
Encontrar tempo para me encontrar
Vou-me sem demoras
Perder o medo de me perder
Vou-me em contraste
Vou-me em seqüência
Vou-me com alegria
Vou-me com saudades.
Encontrar tempo para me encontrar
Vou-me sem demoras
Perder o medo de me perder
Vou-me em contraste
Vou-me em seqüência
Vou-me com alegria
Vou-me com saudades.
08 fevereiro 2008
Ermo
"Isa 43:19: Eis que faço uma coisa nova; agora está saindo à luz; porventura não a percebeis? eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo."
Um gole de água
Gota esmeralda
Um pingo de suor sobre a terra
Uma pegada
Um olhar ao ermo pela frente
Um olhar ao distante que se aproximou
Um olhar disposto
Ao outro olhar
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