04 outubro 2005

soa


o sino soa
soa o sino

insiste, inside, soa

sinfonia destoante

sempre assim
o sino soa
soa sempre

eu não duvido do seu som
nem converso em seu tom

conservas, só, a sua linguagem
sino elegante
soa relevante
mas nunca soa sorridente
simplesmente soa sempre
pois sempre soa
sempre soará
serás como se nao tiver amor
insistente

2 comentários:

Anônimo disse...

Sabe por quê a maioria das igrejas protestantes não tem sinos ou torre? Porque a constituição brasileira de 1823 proibia que as demais religiões, que não fossem católicas romanas, construíssem templos com sinos ou torres. por isso a arquitetura protestante no Brasil é tão pobre.

Unknown disse...

A Arquitetura Protestante não é de maneira nenhuma "pobre". Inicialmente, para falarmos sobre este assunto, seria necessário muito mais do que uma simples declaração sobre o assunto. Há fatores religiosos, culturais, políticos e econômicos que influenciaram e influenciam até hoje o pensamento da Academia brasileira. São estes:
1. A descoberta do Brasil se deu no século XVI, momento histórico da Reforma Protestante, que iniciou em duas frentes: em 1517 com Lutero na Alemanha e em Zurique, na Suíça, com Zuínglo (ambos reformadores protestantes de primeira geração). A frente protestante na Suíça passou a ser conhecido como Movimento Reformado Protestante. Este continuou em Genebra, Suíça, com Calvino, reformador protestante de segunda geração. Mais tarde, a frente protestante que teve origem na Suíça passou a ser denominada por muitos como Movimento Reformado Calvinista ou simplesmente Calvinismo. O Calvinismo tem uma enorme importância teológica, política, econômica e social para o Ocidente. O Luteranismo na Alemanha teve maior conotação teológica, mas o Calvinismo alcançou todas as áreas da vida das sociedades européias que abraçaram o Protestantismo Reformado; pode-se enumerar entre as nações que a abraçaram as seguintes: Reino Unido (Inglaterra, Escócia...) Países Baixos, (entre estes a Holanda), Cantões da Suíça (como Zurique, Genebra), parte da França, e outros. Isto trouxe uma polarização nos Ocidente: de um lado as Nações que permaneceram no Catolicismo (Nações Católicas) e de outro as Nações que abraçaram o Protestantismo Reformado e (o luterano, com a Alemanha). As nações protestantes tendo conquistado independencia religiosa, política e economica em relação ao domínio católico romano, assumiram hegemonia no desenvolvimento em praticamente todas as áreas da vida humana (tecnológica, científica, política, econômica e social). O século XX reflete o quadro do domínio das nações protestantes no mundo ocidental. As Nações católicas por sua vez, no seu desenvolvimento posterior, deram fruto a colônias (católicas) conhecidas atualmente como "Terceiro Mundo" ou "Nações em desenvolvimento"; o fruto político das nações católicas, tomando como exemplo o Brasil, foi: Ditaduras, Movimentos como dos "Sem Terra", Populismo, Marxismo misturado à Teologia da Libertação, e etc.
Analisando a história Ocidental após a Cisão da Reforma Protestante, verifica-se nos dias de hoje, que as nações católicas e suas Colonias ou ex-Colônias, como o Brasil, desfrutam do bem estar das conquistas das Nações Iprotestantes, ou seja: Internet, informàtica, Comunicação, Teconologia, buscam em vão imitar a Democracia dos países protestantes, e etc.
Ainda no século XVI, Roma buscando recuperar-se das perdas econômicas, políticas e religiosas (provenientes da perda do domínio sobre os países que então se tornaram protestantes) realizou o Concílio de Trento, onde entre várias medidas, reavivou a Inquisição, elaborou lista de livros proibidos (a Bíblia encabeçava esta lista, e permaneceu até os anos sessenta do século XX), e criou a Companhia de Jesus, com os Jesuítas tendo o propósito principal de dominar Nações do Novo Mundo (entre elas o Brasil) nos quais seriam implantados os ideais do Concílio de Trento da Igreja Católica Romana. E assim foi feito no Brasil.
Em 1789 houve a Revolução Francesa que com seus ideiais (Racionalismo, Liberalismo, Iluminismo, Evolucionaismo) rejeitou todo tipo de autoridade religiosa, tanto católica como protestante, e principalmente qualquer paradigma que viesse das Escrituras (Bíblia). A princípio a Igreja Romana rejeitou os ideais da Revolução Francesa, porém, com o passar do tempo, na sua lida em dominar suas Colonias, era necessário a todo custo afastar o Católico da Bíblia, e para isto, os ideais da Revolução Francesa eram úteis. Desta maneira, nas nações católicas e suas colônias (entre elas o Brasil), uniram-se o ideário da Revolução Francesa e os do Concílio de Trento: este é o berço da cultura brasileira.
Como resultado, temos hoje a academia da Universidade brasileira com apenas duas e somente duas "pernas", ou em outras palavras, duas formas de raciocinar, de fazer ciência, de epistemologia, de filosofia, de antropologia (francesa), de sociologia (francesa), de fazer história, e etc.
Os professores da Universidade brasileira, sabem só e somente trabalhar na linha de paradigmas que esteja neste ideário: Revolução Francesa e Concílio de Trento. Caso um aluno leve a qualquer universidade brasileira uma proposta de projeto fundado sobre paradigmas provenientes do sistema das nações protestantes, é imediatamente rejeitado, ou por falta de professor devidamente preparado para analisar e orientar projetos de tal natureza.
Por outro lado perguntamos: será que não é relevante considerar os paradigmas científicos, sociais, políticos, econômicos, sociológicos, antropológicos, etc de países protestantes nos nossos projetos? Nações que produziram o foguete à lua, computadores, WEB, alta tecnoligia, etc, etc, etc.
Veja-se o estudo do Federalismo na Ciencia Política dos Países protestantes: esta tem seu berço na Teologia Federal (ou Teologia da Aliança) dos escritos do Antigo Testamento, enquanto no Brasil ignora-se totalmente esta realidade, e se estuda Ciencia Política em cima de paradigmas franceses e outros personagens como Marx, ou Sociologia com Marx, Durkeim e Weber. Quando um profissional ou humanista brasileiro vai a uma universidade de países do Primeiro Mundo (leia-se Países Protestantes) fica totalmente descolocado por não conhecer absolutamente nada da cultura, história, paradigmas científicos, humanismo, etc daquela nação.
Realmente, o trabalho colonizador da Igreja Católica Romana deu resultado: temos hoje um erudito brasileiro totalmente cego e que desconhece o berço, cultura, história, ciencia do Primeiro Mundo, ou seja, dos Países Protestantes. Recentemente, em diálogo com doutores em Arquitetura (da Universidade Brasileira) foi referida a Arquitetura Protestante. Quase todos responderam: Não existe Arquitetura Protestante, ou usando expressão melhor: Arquitetura Religiosa de natureza protestante. Porém a Internet como fonte de informação nos permite conhecer toda a história da Arquitetura religiosa naquelas nações: Veja-se Holanda (Netherland), país Calvinista a partir do século XVI, Estados Unidos, Presbiteriano, e outros, estes oferecem Sites com detalhes da Arquitetura Religiosa de natureza protestante.
Conclui-se que isto não é questão de religião, mas de Democracia intelectual que ainda não chegou ao Brasil. Ao aluno brasileiro, desde a sua mais tenra idade, lhe é negado conhecer a fundo o berço da História, Ciencia, Cultura, Tradicão, Tecnologia, etc, dos Países Protestantes; assim, o aluno chega à Unversidade sem ao menos saber que existiu uma Reforma Protestante, uma outra Arquitetura Religiosa, uma outra Sociologia, uma outra Antropologia, uma outra Filosofia, etc, etc, .... é isso aí meu irmão, quem é subserviente a uma cultura dominante católica vai cair inevitavelmente nas duas pernas ideológicas culturais brasileiras: fazer Arquitetura somente sob a perspectiva dos ideais da Revolução Francesa e de Trento; se voce é Marxista, ou Comunista, voce não deixa de ser um filho da Revolução Francesa...quer saber mais.....macariobarros@gmail.com